quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ele te chamava de chata, de feia, de boba, ou de qualquer coisa que pudesse te ofender. Ele implicava com os seus gostos, ele dizia que a sua banda preferida era ruim. Sempre reclamava das suas roupas, sempre dizia que você era insuportável. Até que um dia, ele percebeu que não poderia deixar essa insuportável ir embora. Vocês passaram a conversar mais. Foram horas, horas e horas passadas juntos. Ele te xingava, você o chamava de puto. Se batiam, e mantinham uma determinada guerra entre si. Logo com o tempo, ele tornou o seu melhor amigo. Ele seria capaz de matar o cara que partisse teu coração. Ele tinha mania de ligar todas as noites de madrugada para dizer o quanto você era especial. Você o chamava de anjo, e não conseguia se imaginar em momentos felizes sem a sua presença. Ele tornou-se uma parte do seu pensamento, ou até melhor, se tornou dono dele. Você dizia que estava com frio, esperando pelo teu abraço. Você dizia que estava carente, o desejando por qualquer coisa. Ele a queria. Ela o queria. Eles se queriam, mais do que deveriam, mais do que podiam. Ele ouvia músicas de rock, ela ouvia músicas tristes. Ele gostava de andar de skate, ela preferia ler romances.Nada poderia ser feito para que o amor diminuísse. Ele acabou descobrindo que todas as noites de insônia passadas porque estava pensando em ti, que todas as vezes que ele disse que não sabiam se eram apenas amigos, que todas as vezes que disse que a amava… Bom, ele descobriu que nada disso foi em vão. E que a partir dali, daria de tudo para poder passar o resto de sua vida chamando-lhe de tua. E você não poderia fazer nada, porque era óbvio que também gostaria de chamá-lo de seu. E que gostaria de passar as noites frias acolhida em seus braços. Vendo o tempo passando, vendo que o amor não diminuía nem um pouco. Percebeu que alguma coisa estava sendo verdadeira até agora. E que quando se imaginasse em um futuro, com certeza seria do teu lado.